Eu sou a maldição do reino das concordâncias.
Carrego na letra infinitas interrogações.
Sou contra indicada para o conforto
Uma assombração para o consenso.
Sou uma tosse seca no silencio
Da consciência domada,
O zumbido nos seus ouvidos .
Mordo seu descanso.
Fui parar na lista dos procurados,
Dos que não são editados
O incômodo das confrarias.
Minha letra é proscrita,
Não me permitem o dito
Sou poeta.
Poeta da periferia.