É como andar perdido
Na angústia sem sentido
Que meu peito esconde.
É ser o que não sou
Do amor que voou
Sem saber para onde.
É desesperar no vazio
Em um lugar frio
Onde a alma se refugiou.
É gritar para a escuridão
Para matar a ilusão
Que a mente renunciou.
É procurar uma saída
Dentro de esta ferida
Dos pensamentos inúteis.
É morrer ao sabor
Da tristeza do rancor
Das palavras cruéis…
José Coimbra