Quanta deselegância há numa pessoa rude,
Não a rudeza de quem trabalha no dia a dia,
Somente na eloquência que pensa que ilude
Porque veste bem, aperta aqui e dali atavia.
Intrigante se torna pensar que esta gentinha
Estudou um dia e ser alguém, aqui na Terra.
Ó gente! porque não eu uma fada madrinha,
Desfasado e incontrito, até da própria guerra.
Eis, são como pessoas, com a cabeça no ar,
Que muito desgosto, a seus pais devem dar,
Melhor fora, renegar novo riquísmo, e serem
Homenzinhos sérios e trabalhadores, férteis
Rapazes namorando, não uns tolos inférteis
Que, tão logo eu escreva, irão esmaecerem.
Jorge Humberto
08/01/08