Ontem senti falta de vossa mercê
Ontem senti falta de vossa mercê...
Quanto no ínfimo átimo de um pensamento, lembrei...
Tudo voltara como num ocaso incontestável... Senti falta deveras!
Decerto já se passaram muitos meses, quiçá até um ano, mas, de presto tudo voltara, voltou quando eu em um lugar caminhava e recordava...
Sim recordei às conversas, os telefonemas após um dia intenso de labor, lembrei tua voz...
Não chorei deveras, fui forte eu sei, posto que fora tudo uma breve ilusão, famigerada paixão, mas recordei vossa mercê...
Ruminei e tive a reminiscência de tempos idos, ah, como fora bom! Pena que fora ilusão!
Minha mente constante perdeu-se obstante no instante da doce ilusão,
Olhei meu telefone, pensei um bocado, cá parei em mim mesmo, regressei ao tempo da paixão, procurei tua foto e número no arquivo, mas nada encontrei tudo se perdeu junto à exacerbada ilusão, nada restara, mas outra vez, não chorei!
Rumei para casa perturbado no momento, posto que para mim tudo já estava resolvido então, tolinho que sou! Nada apaga uma dor!
Agora escrevo em prosa o que sonhei em verso, meu ígneo amor apagou-se no sorumbático amargor, quanto tempo faz, mas a lembrança é intermitente...
Meu pobre, mas nobre coração lusitano brasileiro italiano estava em frangalhos, só mo resta então escrever e escrever para lenir a dor, minha pena sem tinta, minha folha rasgada, mas não molhada, tornou-me tudo e nada nessa minha emoção...
Ontem senti falta de vossa mercê, no entanto uma cousa eu sei... Não chorei!...
Leandro Yossef IX/V/MMXIV
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