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Despertador

 
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Despertador

Havia um velho despertador
Lá na sala da nossa vizinha
Que tocava a sua campainha
Com um ruído ensurdecedor

Continha duas campainhas
Com um martelinho ao meio
Estava acima de um espelho
No velho armário de cozinha

Era branco o seu mostrador
Com os ponteiros dourados
E seus lados eram cromados
Mas não era de grande valor

E com o tempo que passava
Ele também foi enferrujando
E as horas sempre marcando
Na falta de corda ele parava

Marcou toda a minha infância
Nos dias que aí eu passeava
E com amigos eu vivenciava
Um tempo de pouca bonança.

jmd/Maringá, 17.05.14


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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