A porta do hotel estava semi aberta. Era tão pálido o sol naquela tarde de outono, fazendo das camas arrumadas nos jardins um ouvir de flauta no quintal da casa. As primeiras estrelas já cintilavam sobre o cais, pairando no ar as canções dos marinheiros nas ruas calçadas de pedra, já algo escuras.
De antemão, todos sabiam que estrelas poderiam incendiar-se sobre telhados, silenciosamente passando desapercebidas meio à pequena multidão formada para apreciar a luz do sol pálida sobra as ramas de pinheiros e abetos neste verão quente. Das alturas, Deus orientou aos profetas ocultos que espalhassem aos quatro ventos o canto colorido da intoxicante Verdade em toda a sua profundidade. Acolheram os jovens e esperavam diante da porta aberta, desprezando a multidão que já era mais perceptível.
A Morte havia deixado marcas entre as rosas, em tristeza tão melancólica tentando unificar de vez todos os deuses. Enquanto isso, na porta aberta havia um misto de conhecimento e dúvida, a ternura dos sorrisos e as lágrimas do funeral, tudo fazendo-me acreditar que jamais uma reconciliação seria tentada.