Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Noite Pesada

 
E na noite pesada dos sentidos,
senti-me só, além-da-Vida, desterrado ...
Vagueavam pela rua meus sonhos tão perdidos.
Afinal, é certo, nunca amei nem fui amado !

E a noite era escura e perturbante,
infeliz e aliciante, feita de gritos e gemidos ...
E era bela e tranquila, fria e deslumbrante,
feita de cio dos amantes proibidos...

E Eu?! Alguém me vê ou sente tão vencido?!
Tanta gente pela rua e ninguém na minha noite!
Nada! Enlouquecem-me vossos gestos interditos...

E frente ao desespero ante a Vida que vivi,
em convulsas horas vãs, sem que o medo me afoite,
corto os pulsos à minha Mãe porque já morri!


Ricardo Louro
no Chiado

Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
894
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
1
1
0
Recentes
Fui neto de uma Avó
O Morgado da Golegã
O Coração de minha Avó
Disse-te adeus
Reconhecimento e Gratidão ao Hospital S. João de Deus em Montemor
Aleatórios
Quanto ao sofrimento ...
Realidade Dúbia
Nunca mais
Retrato espontâneo
Retaguarda
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 16/05/2014 10:34  Atualizado: 16/05/2014 10:34
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10804
 Re: Noite Pesada
Um soneto cujo tema é forte, aqui o silêncio dói e é grande o desânimo.
Gostei de ler.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre