Poemas : 

soneto da velha prostituta

 
Por ouro e prata estão prostituídos!
Por vós tange ora a tuba sonorosa:
Jazeis na tércia cava subvertidos.
À outra tumba chegamos temerosa,
Da rocha nos subindo àquela parte,
Que, a prumo ao centro, eleva-se alterosa.

A Divina Comédia – Inferno - Canto XIX




Reflexos de rosto feminino perdidos no panorama,
ignorados pelos passantes aos passos acelerados;
talvez, alguém vendo das calçadas saiba do drama,
não careando atenção, continua aos passos calcados.

Ninguém vem, ninguém sobre o alpendre risca-passos,
ela mantinha-se lá sozinha, trazendo no rosto sorrisos;
talvez uma tentativa vã de afastar momentos agraços;
fugazes efeitos da última diversão perdidos os sisos .

Quantos disseram: “ - Eu te amo..”, solertes ignorados!
Viu tantos verões após outonos, mantendo peito fechado
conservando um livreto escondido na gaveta de guardados
encerrando tantos segredos das pessoas, do passado.

Pensativa, olhando fulgores da cidade na névoa hesitante,
permite incontida, lágrima sentida pelo pretérito distante




[corações inquietos, covardes poltões,



temendo e tremendo.....


que se abra o livro


eh eh.....]

 
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shen.noshsaum
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 13/05/2014 21:04  Atualizado: 13/05/2014 21:04
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 Re: soneto da velha prostituta
Boa note poeta, todo profissional perde o vigor ao adiantar da idade, a prostituta também padece desta derrocada, um forte abraço, MJ.