Poemas : 

A FAUSTO

 

A FAUSTO


por este rio acima fausto eu vou
em busca da memória que me foge
entre dedos como antes nos fugiu
a pimenta o rei o ouro até o mar
por este rio acima não procuro
esta europa que à força nos enfiam
goela abaixo não fausto não esta
com mais facilidade encetaria
a demanda da europa outra a raptada
resgatar a memória é o meu sonho
e quando ouço o que cantas eu nem sei
quanto quero ao meu sonho mas por ser
meu vou fausto por este rio acima


Xavier Zarco

 
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Xavier_Zarco
 
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Enviado por Tópico
Norberto Lopes
Publicado: 13/05/2014 09:17  Atualizado: 13/05/2014 09:17
Membro de honra
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Localidade: Lisboa
Mensagens: 896
 Re: A FAUSTO
«...E foste ao fundo; foste ao fundo sim senhor!...»

E agora Xavier Zarco? por esse rio acima, só nos resta o cantar triste
na «amurada dum veleiro»

abraço
nl

Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 13/05/2014 14:51  Atualizado: 13/05/2014 14:51
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1976
 Re: A FAUSTO
Qualque fausto de uma Corte
É importante ou um tubarão
E para comprovar este porte
Nós temos o nosso "Faustão".

abraços

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2014 19:41  Atualizado: 14/05/2014 12:36
 Re: A FAUSTO
Gosto de ler seus textos poéticos, este está, faustamente, tocante !

Sobre "europas" andei lendo , deixo algo aqui - visões ... ( desculpe se for abuso,rs)



(...) “Meiller e Kosztolanyi são, um e outro, profundamente europeus. Mas conferem a esta condição comum dois significados rigorosamente contraditórios. Panegirista da homogeneidade, precursor da Eurolâdia, o moderno Meiller quer tornar a Europa clara e distinta, impor-lhe regras precisas, racionalizá-la. Para Kosztolanyi, pelo contrário, a Europa é uma realidade obstinada (diversidades) que não se deixa dissolver em pura funcionalidade. Os europeus que “ se vestem quase todo da mesma maneira, utilizam as mesmas escovas de dentes, ingerem as mesmas espécies de alimentos”, devem imperativa e fatalmente, segundo Meiller, falar a mesma língua, ao passo que Kosztolanyi teima em amar o velho Continente por seu mapa linguístico que, “ com suas manchas vermelhas, verdes, amarelas e azuis”, lembra “ a indumentária de um palhaço”. Diz-me que roupas usas, o uniforme ou o traje de Arlequim, e eu te direi de que Europa és...

Meiller diz ( no seu programa) que os “ peixes grandes acabarão por devorar os pequenos, não por perversidade , mas de maneira suave e pacifica, em nome da cultura humana, para maior glória do progresso” e indaga (retruca) Kosztolanyi, admitindo-se que esse mundo novo se realize um dia, “ os povos pequenos estão dispostos a caminhar de mãos dadas, animadas por um entusiasmo comum, para um suicido redentor? Não o creio, em absoluto.” (...)

( Alain Finkielkraut )




Um abraço,



ALICE