De tudo que à alma marcada apetece,
tanto perfume na noite que entontece,
tanta boa poesia uma estrela enaltece,
desde a areia à grama, ampla gama tece.
Cultiva carinhosa, um vergel de rosas,
mas sabe, bem mesmo sabe de antemão,
que, se no mundo há silêncio e frieza,
nas rosas não há laços, nem emboscadas.
Quando finda o dia e anoitece devagar,
livra-se dos sentimentos que embrutecem.
Assim, calada e parecendo algo triste,
plantada está no meio do jardim zoológico.
Porém, sabia que alguma coisa acontece,
bem como que todo o céu se abastece,
ouvindo a leitura dos salmos de amor,
tal qual como os escreveu Salomão.
De tudo que à alma marcada apetece,
tanto perfume na noite que entontece,
tanta boa poesia uma estrela enaltece,
desde a areia à grama, ampla gama tece.
Há náilon esticado no deserto selvagem;
ingênua, não sabia que assim doesse
em qualquer frincha que pusesse,
quando se abre a porta da jaula do leão.
Sempre demonstrou esse interesse,
nos gradis se pode ouvir uivo furioso,
mesmo que as hienas jamais possam definir
por que há animais que dormem em um só pé.
Não só o céu calmo respira tranquilidade,
também atravessam pacificamente as pedras,
cristalinas águas de riacho murmurante ,
lentamente percorre insondáveis meandros.
Desde a flor dos cabelos da menina dos olhos,
até o centro da curva perdida na distância,
remota querência onde pecados do mundo expia,
na constância das penas eternas que amortece,
decretando a imprescindibilidade de um GPS