Debaixo de chuva, relâmpagos e trovoadas
Ela viu seu filho morto estendido na cruz,
Tirou-o dentre os homens pecadores e nus
Lavando os males da humanidade transviada.
Chorou a morte do rebento puro e inocente
Que veio banir das trevas um planeta escuridão,
Doou suas lágrimas e por caridade seu coração
Que se tornou imaculado no seio das gentes.
Mãe de todas as mães ... mãe de todas as proles
Que bebeu do vinho que é sangue e engole
As ingratidões e as injustiças do operariado...
Dia que se consagra festivo ao amor materno
Que cede suas tetas a um mundo modero
Ainda intolerante e infinitamente bastardo!