A Velha Telinha
Telinha é uma velhinha
Bem miudinha,
Era vizinha do velho Limão
Que habitava antes
O ponto da Estação...
O sofrimento era intenso
Mas nele ela teve sua inspiração.
Passou a aplacar a solidão
Tomando o lugar do velho Limão
Ela fica ali sentadinha
Ouvindo estática a população.
Suas vestes precárias
Parecem servir de disfarce
Com cara de pobre
Não atrai nem ladrão.
Passa ali o dia todinho
Só sai para ir ao banheiro
Ou para fazer a sua refeição,
Sua aura fica ali esperando
Ela terminar a sua missão.
E assim
Telinha vive ou sobrevive
Às custas da conversa
Alheia...
Para acalmar seu coração.
Marcelo de Oliveira Souza