Porque se foi o nada, se nada era
Ao meu lado deixou a sombra
Essência deslavada
Pelo fantasma dos sonhos
Olho as andorinhas que dançam,
Dançam e chilreiam
E nada me ocorre
Certamente que morri
Uma parte de mim, morreu
Camafeu infernizado, o eu
Que me tolhe na cegueira
Do que foi
Estranha apatia a desta hora
Palavras cruas e ocas
Resgatam as lembranças
Que não quero
Os sorrisos que não tive
Num tempo que não foi
Respiro aliviada
E as andorinhas respiram comigo
Afinal esta hora assombrada
Não passou disso mesmo
Uma sombra desvairada
Que me entrou pelo postigo.
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...