O AMOR AINDA NÃO MATA
(Jádison Coelho)
Ainda não.
O amor ainda não mata.
Ainda não!
Mas ainda se matam por amor,
e ainda por amor se mata.
Mata-se morrendo aos pouquinhos,
tinindo, sabe!? Até o punhal rancar o dedo mindinho do pé,
num golpe de trágica tragédia,
que se ranca a unha levando o dedo junto.
O amor ainda não mata.
Mata não!
Mas quase se desfaz de amor em desespero
ao se alimentar dum nada quase completo no meu estômago.
Pobres dos que não morreram por amor, ainda!
E nem sequer adoecem de amor a cada dia
e a cada dia, ainda estando por morrer.
Pobres desses que estão por aí,
amando, amando, amando...
Pobre de quem do quase faz o seu desespero
sem nem ao menos esperar o amor entrar
e depois, ainda bater a porta.
Pobre de quem por amor ainda não se matou.
Pobre, pobre, poooooobre de mim!
Mas ainda num dia o amor me mata.