Diz-me tu, que agora estás longe, como era estar perto...
Diz-me tu nesse emaranhado de palavras tão próprio teu, se o teu amor por mim, mesmo que pouco, ainda vive ou se já se esqueceu...
Diz-me tuas últimas palavras que quero ouvir de mim e as primeiras que sempre desejei ouvir de ti.
Enquanto escrevo com os dedos meio sem saber como segurar o lápis já tanta vez segurado, enquanto lágrimas frias deslizavam pelo meu rosto, penso se pensarás em mim.
Penso se sentirás a minha falta ou se mesmo ai sentirás as minhas palavras...
Quero seguir em frente, quero refazer tudo o que tenho feito de errado até aqui,contigo ou sem ti, mas mesmo longe sinto o teu abraço prender-me encostando-me a ti, dando-me a sentir o cheiro suave dos teus cabelos.
Dando-me a sentir a tua pequenez de corpo, mas pequenez essa que não deixava de conter tudo o que eu amava, tudo aquilo que admirava ao longe.
Agora fico aqui, presa por ti, agarrada a mim, para não perder mais nenhum pedaço pois não poderei voltar atrás.
Se é para a frente o caminho, é para a frente que vou!
Rute Martins