Crónicas : 

Primeiro poema (festivais estudantis)

 


Lembrei-me de quando eu escrevi meu primeiro poema ou minha letra de que deveria ter sido musicada pelo meu amigo Sebastiãozinho, que só vista pelo meu outro amigo José Luiz e depois a folha se perdeu no tempo, só me lembro que seu título era (Rapaz) inspirado no movimento musical dos anos setenta, ou seja, a nossa MPB que já esta ficando velha.
Como eu disse nosso amigo Sebastião o escurinho mais branco que já conheci em toda a minha vida, estudava violão, e compunha algumas músicas. Naquela época cada escola da região realizava seu festival de música onde os estudantes se apresentavam, vinha gente de todo lugar e a premiação era bem humilde como um troféu, um violão ou um diploma. Eu que passei algumas férias em Minas propriamente em Formiga na casa da minha tia Ana, lá meus primos Ricardo e Renato tinham começado a estudar violão e eles tocavam algumas músicas como (Rua direita) e outras que utilizavam somente duas ou três notas. Eu no embalo ali juntos por quinze dias comecei aprender a batida e algumas notas, evoluí um pouco durante alguns anos, mas o forte mesmo foi aprender a batida da bossa nova que é o único talento que ficou daquela época que ainda levo timidamente.
Voltando aos festivais o Sebastião precisava de ajuda um segundo violão e uma percussão de levinho, para acompanhá-lo em alguns festivais pela região como Volta Redonda e Barra Mansa.
Então, treinei algumas notas o Zé Luiz também ensaiou a percussão, na época fizemos alguns festivais,cheguei acompanhar uma menina que eu nem conhecia, ficamos sentados do lado de fora da quadra esportiva por mais de quarenta minutos ensaiando uma musiquinha e depois na hora da apresentação foi um fiasco, eu que mal tocava violão levei e ela cheia de coisa nem chegou ao meio da canção amarelando e desistiu, levamos a maior vaia e depois tive que voltar para acompanhar o Sebastião que mais tarde passou ao estudo do piano e abriu uma farmácia se formou e não tenho notícias dele hoje. O Zé a gente se fala de vez em quando é casado com uma amiga de escola da época.
Sei que foi uma experiência e tanto que nunca vamos esquecer com certeza, mas como eu disse no início após aquele primeiro poema e algumas cartas que eu escrevi a pedido do meu amigo Gavião que é outra história que vou narrar em breve, eu só voltei escrever duas décadas depois, anos setenta, quem viveu, viveu.
Março/2010.


Edmilson Naves

 
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EdmilsonOliveira
 
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