Noite, minha irmã crianca
Que me acompanhas eternamente
Neste mar meu cheio de gente
Onde tento nao perder esperança
Na pessoa que ainda sente.
Noite, que puxas o pior
De mim, que me enlouqueces!
Serei menina, mulher, enfim
Consoante as da sanidade preces...
Mas noite tu, mulher
Que me prendes pensamento,
Me levas a crer que tanto sentimento
Sera nenhum, e eu volto a perder-me!
Fico eu aqui perdida,
Olhando a crianca que fui,
A crianca que sou ainda,
E encarando a pessoa que flui
De mim no início da partida
Vejo que sou a renascida.
Rute Martins