“Quem pelo seu saber tudo transcende,
Os céus criando, guias elegeu-lhes;
E toda parte a toda parte esplende,
“Pela luz que igualmente concedeu-lhes.
Assim fez aos mundanos esplendores,
Geral ministra e diretora deu-lhes”
A Divina Comédia - Inferno - Canto VII
Para afogar a consciência neste enganoso proceder,
cativo do encontro de olhares das horas preciosas,
queda-se divertida e falsa tem sorrisos de prazer,
meneando as madeixas de seda ao perfume das rosas.
Véu espelhando o azul do céu na íris de transparência,
semblante encarquilhado, o sofrimento no rosto rijo,
fadário marcado pelas disputas de enganosa aparência,
assumir forma humana fazendo tristeza em regozijo.
Por tantas dúvidas, quem poderia ter sofrido mais?
E tanto ter sido destruído, ignorando rumo a tomar;
não tremer, nem temer a ter a alma sem amar jamais!
Envenenados os dias, dores irrepreensíveis, soberanas,
distante mais uma vez meu paraíso a seus pés desbotar :
- Este é o inferno próprio das preocupações mundanas!
( e não temos todos,
e cada um
de nós..............
.......nossos próprios
.......infernos? )