Lá de baixo da colina se escode a Carolina
Sozinha, tão triste e solitária.
A procura de um abrigo
Cheio de afago para não deixar
Que os espinhos ultrapasse a barreira
Carolina, tão linda em tua colina.
Cansou de ficar sozinha
Cansou de caminhar e se aventurar além da colina
Na linha tênue que separa seu eu do mundo real
Já não resiste a tanto desespero
Em teu canto na colina, tão carente de tudo.
Carolina cansou-se da caminhada,
Cansou-se das perguntas sem respostas,
Cansou-se de nunca ter achado quem é o seu eu
Ora, Carolina da colina,
Teu eu é eu
E céu é teu também
Todo o mundo é teu, minha cara Carolina.
Carolina nada entendia...
Ainda faltava o motivo da sua alegria
Carolina, cansada do mundo e de tudo
Até de si mesma
De tanto pensar, chegou à conclusão,
De que a solução seria se trancar
Em si mesma
A fim de encontrar ela nela mesma,
A fim de encontrar as verdades e os caminhos
A fim de encontrar um fim para o seu distúrbio
De descobrir o destino para o seu coração....
Carolina, a pequena Lagarta Azul,
No alto da colina,
Fez um casulo azul em torno de si,
Trancou-se dentro do seu mundo.
Agora é, só ela e ela.