- Saudade –
"- Amada minha que a morte me levou
tristemente da doçura de meus braços,
além da morte que fria te abraçou,
quem agora te acalenta em abraços!
Reza a Deus, Catharina, minha amada,
agora negra pelas trevas possuída,
que a morte venha, breve, dissipada,
leve a ti, minh'Alma, ternamente diluída!
Saudade, ausência, loucura ou devaneio,
versos que escrevi ao desespero
de alguém que se partiu e nunca veio ...
E que fazer agora a este Amor?!...
Catharina! Morta! Dor d’Amor sem tempero,
ai Senhor, leva-me, leva-me Senhor ..."
Ricardo Louro
em Cascais
Surgiram estes sonetos de uma grande inspiração ao deparar-me com a Obra, Catharina d’Athayde, do Conde de Monsaraz, a quem, dedico estes versos, tão simples, tão singelos. Um grande bem-haja a esse que foi um grande Poeta da minha Terra, um dos maiores do Seculo XIX, imerso num profundo e intenso bucolismo Romântico, no qual, muito me apraz dizer, ser uma das minhas grandes referências poéticas…
AUTOR
Ricardo Maria Louro