Amor e Ódio
No seio morno da loucura
Amores, ódio, se entrelaçam se juntam
E como redemoinhos alternam
Maldade e ternura
O brando e doce beijo
Vem seguido das mãos ásperas do desejo
Que rasgam as vestes com rudeza
E sem receio
A boca ávida e atrevida
Diz palavras de amor
Enquanto a carne comovida
Escancara-se e se abre em flor
Das tempestades ao orvalho
Da indiferença ao calor
Que levam o corpo ao êxtase
Envolto neste espasmo de ternura
Explodem milhões de fagulhas
Das seivas da dor e do amor
Explodem em retalhos
De um manto frio e sem vida
E por mais que chame. . . querida!
Nunca haverá cobertor
alexandre