Poemas : 

Receio...

 

Saudade do vento por entre os meus cabelos
Nas pontas dos dedos trouxe um dia anelos
Saudade de tudo, até dos nadas
Restaram apenas flechas guardadas

No fundo da alma onde o sonho pernoita
Aninhado em receio, mas quando se afoita
A viver, vivendo correndo tentado vencer
O alheio vazio, receio ao prever

Que o vento de outrora se perca na berra
Tantas as certezas de como se erra
Ao lançar ao vento os nossos anseios
Que solta balofo, leva nos arreios

O que de melhor colheu sem olhar a quem
Pobre do vento de todos é ninguém…

Poesia de Antónia Ruivo


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Robertojun
Publicado: 29/04/2014 14:44  Atualizado: 29/04/2014 14:44
Membro de honra
Usuário desde: 31/01/2014
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Mensagens: 2315
 Re: Receio...
Olá, Antónia Ruivo!

Uma linda poesia.
Parabéns pela inspiração!

Abraço,
Roberto Jun

Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 29/04/2014 18:45  Atualizado: 29/04/2014 18:45
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 Re: Receio...
quando se tem "saudade de tudo, até dos nadas" é "no fundo da alma onde o sonho" se aninha em receio"
e espera. aguarda pelo tal vento "de todos" é de ninguém, E das flechas guardadas que cumpram o seu destino, mesmo, "sem olhar a quem". Anseios? Receios? Certezas? apenas outros caminhos escolhidos. Magnifico. Obrigado.

Agradeço-te

Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 30/04/2014 09:47  Atualizado: 30/04/2014 09:47
Membro de honra
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 Re: Receio...
Obrigado amigos pelas palavras.