METAMORFOSE...
Na penumbra de meus sonhos
Só o silêncio encontra-se
Formas abstratas são freqüentes
Ilusões,desejos remanescentes
Desperto!
A sombria figura está à espreita
Coração acelerado
Desespero,adrenalina
Por fim o topor
Almeja a vida que pulsa rubra
Em minhas veias
E aos poucos a drena
O calor envolve minha jugular
E retira-se do meu corpo
A centelha oferecida pelo criador
Logo voltará a ele
Sensação de paz,
Escuridão,
Isso é a morte?
Algo me traz de volta
Arrancando-me o conforto.
Meu corpo estremece acostumando-se a nova
Condição
A criatura deu-me um fragmento
De sua vida infernal
Selando sua cria com sangue
SOBREVIVÊNCIA...
Hoje a luta para manter a humanidade
É sempre constante
Espreito entre sombras
Alimentando-me dos que foram meus irmãos
E se não o fizer estarei libertando
O que há de pior em mim
Todos confortáveis em seus lares
Desconhecem que vivem entre animais selvagens
Talvez sua inocência o mantenha salvo
Mas até quando?
ETERNIDADE...
O glamour hollywodiano não existe
E não há beleza em fazer o que fazemos
É essa a vida eterna com que os sonham os mortais?
Tudo é pura ilusão...
Por onde quer que eu vá só há trevas
Viverei,no entanto,para acompanhar
As sementes que foram plantadas hoje
Florescerem
O tempo será meu aliado e inimigo
Me contentarei com suas recompensas
E romperei em prantos ao ver
Que minha vontade vem sendo domada
E que torno-me algo com que não poderei
Sonhar nem em meus piores pesadelos
Não me julgue,no entanto,
Aquele que me criou queria
Dar-me a mortalidade
Em vez disso...
Criou um monstro!
(Arthur Willians)
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