Precisava que nascessem flores para mim,
flores amarelas, sim, todas amarelas;
uma na madrugada, uma de manhã, outra de tarde!
Ambição desmedida essa? Seriam flores demais,
para um sujeito desmerecedor que nem eu?!
Está bem; faço por menos:
uma flor por semana já me alegraria...
Para quem só tem galhos secos,
uma flor que seja basta.
Mas qual... logo eu, falar em flores,
se aquela que um tempo eu tive,
deixei ir assim, largada na correnteza?
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[Ilhabela, 15 de abril de 2014]