NO MESMO PASSEIO
Tu vinhas, eu ia,
cada um no passeio oposto,
cruzámo-nos,
olhámo-nos, gostámos,
no cruzamento fizemos um gosto.
No outro dia troquei de passeio,
também trocaste ,
cada seguiu seu caminho,
mas houve enleio;
carinho
e pena de não ser no mesmo passeio.
No dia seguinte estava sol
tu vinhas, eu ia,
arrisquei, atravessei a rua
para o teu passeio --e disse:
-“Bom dia”
depois, fomos lado a lado!
Lembras-te, amor,
do dia que comecei a namorar-te
e no mesmo passeio da vida
a amar-te?
Este poema é só para te lembrar.
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL
Figas
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