As grades do sistema me têm
Detém-me...
Lá de dentro, o meu lamento é estrondoso
Aqui fora, ninguém me ouve
O mundo me ignora
Peço socorro, o mundo não me ouve
O universo aflora
A flor murcha e a esperança ressurgem
Indivíduos alinham-se, agitam-se
Andam em círculos, só com cabeças
Pensamentos mortos...
Há uma flor murcha em cada pé
Falecidos estão, mortos vivos
O eu de cada dia, que morre a cada hora
Que a minha fé o tenha
Aqui, desse lado da grade
Vejo-os como são
Alienados em uma linha torta
Alienados em linha reta, iguais
Se comportando como animais
Dizem que são racionais
Não vejo isso nesses animais
O mundo é composto por eles
E eles deixam-se ser dominados
Uns pelos outros, aonde foi para isso?
Reza a lenda que Eras eles passaram
Talvez essa seja uma Era
A Era da alienação
Corvos anunciam,
É chegada à hora, é chegada à hora do início do fim.
E perguntam:
- E ai, alienado, de qual lado tu estarás? Na linha reta ou na torta?
Não sei se pode ser classificado como poema, pois sou prematura nesse assunto...