Estava andando em lugares desconhecidos, sabia onde queria ir, mas não sabia onde estava. Era noite e caminhava a fulga do que não me perseguia, eu e minha amada, parecia estranho, mas guiáva-me pelos sentidos que apareciam do nada. Ruas estreitas, chão batido, cercas e muros nas laterais e alguns corredores. Poucas luzes iluminavam o caminho. Entrei num desses corredores, que o espaço não era mais que a largura dos ombros. Seguia, ia a passos ligeiros e acompanháva-me a doce dos meus dias segurando minha mão para não deixa-la para tráz. Caminháva-mos por um bom tempo virando algumas vezes para direita e outras para esquerda e subia escadas em algumas partes. Ainda na penumbra infinita do calar da noite que não mostrava céu, avistei uma porta, simples, madeira e maçaneta redonda, estava ela encima de uma escada com poucos degrais. Mantendo a agilidade cheguei a ela e entrei sem bater, como se ele nos convidase em sua simples e singela educação. Econtráva-me numa sala, tipo recepção de cinema antigo, poucas pessoas vagando em diversos sentidos. Soltando minha mão, dirigiu-se a uma das recepções, e permaneci ali, parado observando em toda minha volta, chão de tacos sintecados que brilhavam como um espelho refletindo a luz de um lustre com lâmpadas fracas, como se fossem velas. A frente três degrais que davam a um salão nobre. Passou por mim um homem, geito amável e humilde, pareceia um padre professor de universidade, vestes cinza com uma camisa branca, cabelos grisalhos e barba a fazer. Estava este acompanhado por não mais que quinze pessoas, quais mostrávam-se alunos. Quando um pouco mais à frente, uns déz metros, indagou aos que o acompanháva-o um comentário: - Como os olhos desse rapaz brilham! Em seguida, com entusiasmo e inesperadamente, de uma forma repentina e espontânea respondi: - Sabes porque meus olhos brilham? - Queres que eu diga qual o motivo por tal brilho? O suposto padre se rejeitava a tal discurso, como se tivesse pressa ou algo do tipo, balançava a cabeça e respondia negativamente, mas os acompanhantes olhavam-me e batendo palmas e alguns falavam: - Deixe-o falar! - Vai pode falar! - Queremos ouvir! E assim se sucedeu, sedeu-se aos pedidos o amável senhor respondendo: - Venha então, seja feita a vontade dos que querem ouvir-te! Curtos e lentos passos dirigí-me ao centro deles, já no centro do salão nobre, eles em circulos tomaram postura de muita atenção e olhavam-me, e ali verifiquei que alguns eram personagens de minha humilde existência, porém mais ao fundo, próximo à recepção, la estava a me admirar no mais íntimo e puro do seu ser, a quem compratilha-me sua felicidade e amor. Respirei e apresentando-me comecei a falar: - Isso meus caros, é o amor, o simples dom de amar! E um deles comentou entre eles: - Então isso é uma reação química dos hormônios que quando estamos amando uma pessoa, manifesta-se! Ouvindo tal comentário continuei, sorrindo e completando: - Não! Mas uma reação manifestada da fidelidade do Pai para com o homem na presença do amor. Quando amamos estamos atingindo o desejo maior do nosso criador, e ele nos contempla enchendo-nos de graça e sua imensurável luz, por que nos ama tanto que se completa com nosso amor, que é o objetivo da sua criação, amar-mos uns aos outros assim como ele nos tem amado. - Um homem está realizado quando ama e é amado, mas não amar somente a si e sua fiel companhia, mas amar também acima de tudo esse que se alegra com nosso amor e amar todos como a si mesmo. Fazendo isso deixamos aquela luz imensurável de Deus invadir o nosso corpo, templo do Espírito Santo de Deus, e essa luz é refletida em nossos olhos mostrando a divína conexão da criação com o criador, o Deus Pai vivo. Assim, todos admirados ao Dom Máximo de Deus que ali foi revelado, sairam a seus destinos iluminando-os uns aos outros pela luz que surgia tambem de seus olhos na benção do pai. ^^Ludiro^^
Deus encanta-se quando os pássaros poetas tocam o céu com suas asas!