Poemas : 

Bordados de papel

 
Escuto um silêncio passar
E eu no alpendre da vida,
Revolvo o meu recordar,
Nesta meta sem saída,
Em noite vasta de luar;
E uma Esperança acrescida,
Renasce na madrugada...
Numa ramagem espargida,
De uma noite enluarada.

É a manhã que nos convida,
A dar mais uma passada.
É uma lágrima solvida...
Num sorriso transformada,
Inerente e esculpida...
Nesta face já esgotada:
De ser, de ver e de ler...
Tanta dor, tanta ferida.

Todas horas, vou cantando,
Numa palavra sentida,
Neste diário bordando.
__São bordados de papel,
Pelo Mundo deambulando,
Distribuídos a granel,
Sobretudo e mesmo quando,
Velejarem num batel,
Em outras marés remando;
Seja Esperança, seja mel...
Nos corações latejando.

2009

Editado em 2011- IN_Veleiro de saudades"

 
Autor
Cecília Rodrigues
 
Texto
Data
Leituras
935
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/04/2014 00:32  Atualizado: 28/04/2014 00:32
 Re: Bordados de papel
Um poema que se remove parab as recordaçõs. As manaha~s sempre os belos alvoreceres. Deixa as palavras aconteceres