Aperta os lábios...
Morde-os na insegurança;
Entre um gole e outro;
Do mais forte destilado;
Só não mais forte que a própria dor;
Que expressa em linhas melancólicas;
Ao som de uma melodia triste;
Que ao fundo leva aos horizontes;
De um futuro que o faria sorrir...;
De um futuro que nunca existiu...;
Senão em sua mente fugaz:
De pensamentos e visões infinitas;
Onde seus amores são seus;
Seu reino é o universo;
E sua cabeça repousa tranquila;
E relembra dos momentos;
Que em verdade que afagavas os cabelos soltos;
Em ondas douradas de uma beleza ímpar;
Que seu coração incendiava;
Nas noites mais frias do inverno;
Onde um anjo o visitara...;
Mas não..., não permanece...;
Nesse éden martirizado de ilusões;
Frias e torturantes à espera;
Do anjo fugitivo que em seu peito repousou...;
Outrora..., não mais...;
Não mais se deleita...;
Nem nos dias, nem nas noites;
Regadas à bebida e versos;
Tão dissonantes..., verdadeiros...;
Mas de muitas formas tristes;
Pois o sorriso não mais lhe vem à boca;
E é a solidão agora sua companhia;
Na agonia de sentir;
Que seu coração a outrem pertence...;
*In Memoriam
Genesis
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