O Santo na pedra cristaliza um sonho de bondade
e a arte de Aleijadinho lhe permite a eternidade.
Barrocos olhares miram o infinito
e as faces de anjos e de demônios
perpetuam em frios granitos
os homens e seus gritos.
O eco dos carrilhões
espalha a falsa santidade,
mas o ouro dos altares
não oculta o cesto de pesares.
As ladeiras carreiam os martírios
e nas Inconfidências vagam os delírios.
Impávidos, os Profetas a tudo assistem
e recusam o milagre rogado.
Somos o Passado.