Sonetos : 

TU… VIDA EM MIM

 




Há uma estranha nostalgia, quando, contigo
Não estou; desaprendi a estar a sós comigo,
Meu corpo não reage, a estranhos impulsos,
Que eu sinto-me o pior, de todos os intrusos.

E és o meu sustento, que me deixa tranquilo,
As cordas de algum exuberante, subtil violino
Que aqui tocasse, mil tons, a outros escusos;
Soando-nos indefinidamente a sons profusos.

Vieste para ficar e seres a minha dócil mulher;
Todo o orgulho do mundo, está comigo, por ti,
Dizendo-me que tu não és aqui uma qualquer.

Se são apenas versos, estas minhas palavras,
Di-las-ei até ao resto de meus dias, distinto fim;
Que podem ser tudo na vida, menos escravas.

Jorge Humberto
14/01/08






 
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jorgehumberto
 
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