Há uma estranha nostalgia, quando, contigo
Não estou; desaprendi a estar a sós comigo,
Meu corpo não reage, a estranhos impulsos,
Que eu sinto-me o pior, de todos os intrusos.
E és o meu sustento, que me deixa tranquilo,
As cordas de algum exuberante, subtil violino
Que aqui tocasse, mil tons, a outros escusos;
Soando-nos indefinidamente a sons profusos.
Vieste para ficar e seres a minha dócil mulher;
Todo o orgulho do mundo, está comigo, por ti,
Dizendo-me que tu não és aqui uma qualquer.
Se são apenas versos, estas minhas palavras,
Di-las-ei até ao resto de meus dias, distinto fim;
Que podem ser tudo na vida, menos escravas.
Jorge Humberto
14/01/08