o papá deu-lhe um tabefe,
ao reparar no tremendo regabofe
que nascia desenfreado
no seu prato da sopa.
deixou-lhe o maxilar corado
e com uma expressão de lorpa.
num instante, ainda a colher pensava em voar,
já o feijão caminhava para o bandulho
sem sequer aterrar
na vontade parva do fedelho.
castigado, o infante,
desenrolou um berreiro
em jeito projetado por altifalante
e suportado em assentado traseiro.
"que te sirva de lição
e agora abre lá a goela
para despachares a refeição
que a mãe trouxe da panela"
sem remédio nem forma,
a criança rendeu-se ao corretivo
e aprendeu que a norma
é um dever superlativo
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.