Sim, eu sei!
Sou maldito
neste meu jeito de rasgar a palavra.
Trucidá-la para meu deleite
e para desgosto dos outros.
A palavra oferece-se a mim,
assim impudica de coxas abertas,
ar lascivo e não resisto.
Deixo que ela me monte num gozo inexorável,
escravizo-me aos seus devaneios,
porém vingo-me ponho-a de 4,
sem contemplações,
e sim,
entro-lhe pela porta dos fundos
em “ais” rasgados pela dor de quem me lê.
Não a trato mal,
dou-lhe um aconchego e viro-a
do jeito que ela gosta.
Sou assim a modos que o chulo dela,
vivo dela e ela vive para mim,
só minha,
num amplexo de dor e de prazer.
Muitos não a compreendem
nas posições em que a ponho
em kamasutras por inventar,
mas eu sei-lhe os segredos
e sinto-lhe a humidade do gozo final.
Sinto-lhe os gemidos,
reteso-me e abarco orgasmos em cachoeira
só meus,
dirigidos a mim.
é minha ainda que oferecida e infiel.
E é assim que lhe digo que a amo,
não nos compreendem os tontos sem palavra que os aconchegue!