Estou nu.
Nu e vazio.
Não há mangas pra arregaçar.
Frases chaves
já não abrem portas emperradas.
Estou falido.
A um passo do paraíso (na liberdade),
não sei se pego o metrô
ando meio retrô
perdido de saudade (na cidade)
sou a antítese da felicidade
minha própria chibata
cujas marcas uma radiografia qualquer
um dia apontará (são viscerais).
Visto-me com a ignóbil mortalha
dessa espera vazia.
Não sou Adão, mas descendente direto dos seus erros
e qualquer pano resolve,
e qualquer pena me absolve.
Liberdade e Paraíso são bairros vizinhos na cidade de São Paulo.