Olhai vosso redor. Bebei vossa desventura.
Mazelas são miasmas de fundo de poço
Que entravam os pés, torcem o pescoço
E deixam as mãos carcomidas e impuras.
Vigiai vossos atos. Refleti vosso sono.
Náufragos não conseguem voltar à tona
Se os pensamentos em desordem detonam
As experiências de vida marcadas pelo cromo.
Deitai a paciência nas vicissitudes que atormentam
E permiti ao silêncio as verdades que se enfrentam
Neste espaço cósmico onde há lutas e desenganos...
Saboreai da esperança as luzes frenéticas da razão
A fim de que possais doutrinar de coragem o coração
E esperar do futuro a concretização dos vossos planos!