Poemas : 

Fugaz

 
Fugaz
 
No tempo
Em que o tempo
Passava lento,
Eu metia
A mão no bolso
E o relógio de algibeira
Parecia não gastar
As horas.
Hoje, nem tempo
Tenho para olhar
As horas:
Os segundos fogem
Em debandada
E eu desconfio,
Que escondida
Em alguma brecha,
A vida foge também.

 
Autor
Danclads
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Enviado por Tópico
annay
Publicado: 11/04/2014 23:13  Atualizado: 11/04/2014 23:13
Colaborador
Usuário desde: 10/05/2011
Localidade:
Mensagens: 1350
 Re: Fugaz
de facto, assim é
nem há tempo para ter tempo..
o tempo é precioso.
gostei imenso do poema.
ana


Enviado por Tópico
TrabisDeMentia
Publicado: 12/04/2014 18:15  Atualizado: 12/04/2014 18:15
Webmaster
Usuário desde: 25/01/2006
Localidade: Bombarral
Mensagens: 2335
 Re: Fugaz
Muito bom! A criança vai tirando rebuçados do saco, parece que nunca vão acabar. Só naquela dada altura em não lhe sente o peso é que começa a ficar preocupada.

Um abraço :)


Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 13/04/2014 14:32  Atualizado: 13/04/2014 14:32
Membro de honra
Usuário desde: 15/02/2013
Localidade: Nenhuma
Mensagens: 1830
 Re: Fugaz
Gostei desse poema, bacana!

Um abraço!


Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 27/06/2016 09:19  Atualizado: 27/06/2016 09:19
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Fugaz
Interessante o modo como abordaste um tema tão “sobrelotado” conseguindo torná-lo, ainda assim, algo novo.
Um poema muito cénico que me faz mergulhar nos versos e ver-me, ora de “relógio na algibeira” esperando ansiosamente que o tempo passe, ora nem tendo tempo para o olhar, tal é a “debandada” com que os segundos a determinada altura se escapam, aumentando a “brecha” que, invisível, trespassa, qualquer caminho.