Sinto um aperto no peito,
Um falta de ar.
Um não sei o que, ou sei...
Embora na verdade, não quisesse saber.
Uma explosão dentro de mim,
Algo que tem começo, meio e fim.
Como tudo no mundo.
Não sou, nem quero ser diferente de ninguém.
Sou lágrima caída.
Riso solto, às vezes.
Gargalhadas de cantar,
Daquelas tipo,
"Fafá"...
Meu corpo de quase 50 anos,
Não é mais o mesmo.
Perde-se o viço, com esse tempo.
Minha alma, essa sim, é de criança!
Pego-me brincando,
Em breves momentos de 'não melancolia'
Pena que nem todos percebam que nisso,
É que eu tenho alguma alegria...
As pessoas não costumam mostrar sua criança interior.
Quando veem alguém fazendo isso,
Acham uma insanidade.
Pena novamente!
Não enxergam de que nesses instantes
Forma-se a resposta ao medo, no subconsciente.
Não quero que me entendam.
Desisti disso.
Basta que eu mesma saiba, como sou.
Pelo menos, me deem a chance de existir do meu jeito.
Não me atrapalhem, por favor.
Deixem-me com meus pensamentos.
"Uma andorinha só, não faz verão"
Entretanto, voa alto, vislumbrando a Terra.
Fátima Abreu