Ignora a tua mente.
Ela diz-te constantemente
Que toda a gente te mente
E consequentemente
Viras consciente
De todas as vertentes
E lembras-te de todos
Os rios que passaram
E maltrataram
E nem sequer olharam
Para ti
Enquanto se voltavam,
Sempre a sorrir,
Sem saber o que há-de vir,
Sem pensar no futuro
Que ai vem,
Mais pesado e cansado
Que o presente inconsciente
E o passado sorridente,
Enganador e demente.
Seus actos ficam no cofre,
Para ser aberto
Quando o futuro passar rente.
E eu vou-me rir,
Gargalhadas da minha boca sorridente a fluir,
Enquanto do cofre saiem
Previamente risos,
Agora malévolos sorrisos
Prestes a voltar-se contra o feiticeiro
Que tão depressa deixou o cofre cheio.