Nunca mas nunca digas adeus à saudade,
Pois, ela, é a esperança, de dias vindoiros,
É quem nos aquece do frio da gran cidade,
Quando, noutro país, procuramos tesoiros.
Desdenhosa meretriz, que, pra infelicidade,
Nos fez sair do nosso país, dias duradoiros
À chuva e ao vento, procurando actividade,
Levando-nos, o parco dinheiro, e os loiros.
Quando, por fim, pudemos regressar ao lar,
E fomos chamados, de simples covardes,
Vimos homens rudes, plo trabalho a chorar.
Mas a pátria, estava lá, nos seus corações,
E, jamais, os vimos, fazer grandes alardes,
Por aí terem ganho, mais alguns… tostões.
Jorge Humberto
05/01/08