Vem a penumbra da noite, e nela acoito os meus medos, da vida eu guardo os segredos, que podem até te encantar, mas depois que te contar,hei de mudar de postura pois com você ó criatura, preciso me modificar, tenho tido pesadelos, e neste vejo meu destino, e é tudo falso e cretino, o que me toca e conduz, o quão pesada é a cruz, para meu corpo doentio, e nem que eu fosse um navio, teria tal capacidade, nem chamo de crueldade, esta sentença senil, ignoro a superstição
e mudo o rumo dos desejos, mas eu aguardo os teus beijos, quando vierem espontâneos, e nada ah de ser em sonhos, te quero é em carne o osso, pra amordicar o teu pescoço, e balbuciar aos teus ouvidos, como me fazes aceso, quadruplicas os meus desejos, juro de ti eu preciso.
Miguel Jacó