Se há algo tão grande como a amizade
Que se demonstra num simples gesto,
Porque não aparece em grande quantidade
Poderia então ser este "modesto"
Se há coisa deveras inacreditável
É a forma simples que se diz que se Ama
Que de todo não é sequer comparável
Sentindo-se apenas algo que Amor não se chama
Não se entende,
Sendo a procura inapetecível
Quem compreende
Que se queir'a despedida possível
Mais vale só que mal acompanhado
Portanto esqueça-se o tempo de procura
Deixe-se alguém abandonado
E a passar tempos de amargura
E que se esqueça o passado
Que é coisa que nunca dura
Vivem-se agora tempos de bonança.
Tempos de uma nova felicidade.
Coisas que ultrapassam a confiança
E não têm que ver com a idade
Num futuro postos os olhos
Aprendem-se novos horizontes
Vê-se gente aos molhos
Alegres e com vida aos montes.
Esqueça-se a paixão
E aquilo que amámos
Que apodreça o coração
E tudo o que cultivámos
Janela fora, tudo em vão
Já foi, estamos acabados.