Na noite
O silêncio predomina.
Uma aranha teceu suas teias
nas paredes dos meus limites.
Sou um novelo de lã emaranhado.
Almas que me espiam
carmas por expiar,
o vento batendo nas telhas
reflete a minha agonia.
Mas ainda há uma vaga lembrança
um teu sorriso que não fugiu
e eu acalento a esperança
com goles quentes de chá.
Do livro: O trem dos meus dezoito anos - editora Perse.