Amaram como amigos,
Como meninos,
Sabedores da fugacidade do impalpável.
E por sabê-lo, por reconhecê-lo,
Deixaram seus corpos à margem,
Livres e incoerentes para nascer
Em qualquer manhã sem prestígio.
Negaram sínteses e predicados.
Eram expedicionários do insignificante,
Além das nomenclaturas,
Aquém de relógios e explicações.
E por amar, singelos profanos,
Voltaram meninos, correndo, travessos,
Entre folhagens de um jardim libertino.
Acordaram cheirando à sonho e esperma.
Eu sou a vertente mórbida de um anjo bom. A poesia trágica, o constante inconstante, o sopro gélido de uma noite fria. Creio ortodoxamente no que duvido, abrigo extremos, escrevo poemas em meio a balas de canhão. Odeio o lirismo covarde, as frases sem ...