Há pessoas que adoram a bajulação,
Lhes dêem palmadinhas, nas costas,
Estéril é o seu carácter, seu coração,
Parecendo-se com vitrinas expostas.
Semelhantes a palhaços, simulação,
De si mesmos, dos outros, impostas
Conversas, são aqui a sua atracção,
Dividindo tudo, em iguais respostas.
E montado o circo, é vê-los a actuar,
Rodeados de outros palhaços, afins,
Usando cabriolas, para aqui festejar.
Não sabem quando parar, gastando
E dividindo co os outros, parcos fins
E, a vã glória, possam ir alcançando.
Jorge Humberto
03/01/08