Em Évora nocturna há um cantar
que paira pela fria-madrugada,
é dolente, solitário, esse penar,
que só finda em cada alvorada...
Voz tristonha, voz plangente ...
... que o Fado acolhe - quem nos dera -
nas ruas da cidade não há gente
que não vá à casa da Severa!
A Fernanda vai sorrindo no passar,
que o Zé Quaresma, chorando no cantar,
fixa o quadro da Severa que se fora!
Bem as vivo, essas noites de fadário,
de quem lá vai buscar p'ro seu Calvário
a Esperança de sorrir sem ir embora ...
Ricardo Louro
no Chiado
Às grandes noites passadas na Casa de Fados Maria Severa em Évora. É lá que o Fado acontece e que se testemunha a Poesia!!!!
Ricardo Maria Louro