A espécie humana tenta a realização pessoal a qualquer custo. Procura insistentemente nos valores externos, uma realização que só é possível, para ser completa, nos valores internos de cada um.
O ato de escrever é solitário, quando feito buscando a aceitação de si mesmo, não realiza a ninguém, pois o ápice não é individual, e sim coletivo. Como conseguir isto?
O ato de escrever, que é o contato de si consigo mesmo, não aceita a falsidade, pois o mentir para si mesmo é uma idiotice, e quando se é sincero, tem-se a aceitação plena, pois se mostra a realidade do ser humano, para seres humanos, aí acontece à identificação do leitor com o escritor.
Então aquilo que foi feito no singular atinge a um plural, pois apesar das diferenças todos são humanos iguais. No momento que há a identificação do público com o artista, atinge-se a realização.
Falo da realização no sentido filosófico e psicológico da palavra, não no sentido financeiro, porque este último depende de outros fatores, e quem confundir dinheiro com pessoa, está fadado a vagar pelos caminhos do materialismo, onde a cobiça sempre reina e a realização nunca acontece!