O faminto segue só no seu caminho
O abrigo do desconforto o fez torto, no corpo e no pensar.
O faminto abriga-se nas ruas, nas estradas,
Nas alvoradas e no mundo noturno,
Sempre mudo viaja a qualquer lugar.
O esfarrapado segue só no seu caminho
E em desalinho premedita o seu gosto,
Esforço o encontra lento
E sem Ter de se fazer disposto
Corre os olhos a tempo perdido.
O sofrido segue só no seu caminho
Despido das alegrias, despido dos sonhos
Disperso no regresso do pensar em retornar a ser miúdo,
O sofrido desfigurado que nega Ter sido acalentado
Sente-se desgraçado e pede passagem ao tempo.
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Chicão de Bodocongó foi a melhor maneira de homenagear o bairro que moro a trinta anos na cidade de Campina Grande ( Bodocongó ), Paraíba. O meu nome é Francisco de Assis que é acompanhado pelo sobrenome Cunha Metri e faz pouco dias que venho publican...