“Eu não quero estar aqui!”
Quero que me olhes!
Que me vejas a mim;
Não o reflexo do que fui,
Do que posso vir a ser,
Ou o reflexo de um outro qualquer…
Aquele outro,
Que eu nunca vou chegar a ser.
Desculpa-me, mas,
Nunca serei um reflexo!
Desculpa-me, mas,
Nunca serei igual.
Tenho um sonho dentro de mim;
O sonho em que deixamos o passado,
Os medos, as mossas, os ciúmes;
E aquelas feridas arranhadas e já gastas,
Que deixaram buracos no coração…
Nesse sonho seguimos em frente;
Demos as mãos e seguimos em frente…
A estrada é comprida e sem luz,
Mas já me ensinaste a sorrir…
A não ter medo do escuro, e do silêncio
Porque sinto o teu corpo no meu;
Porque vejo o teu sorriso,
No som silencioso que a escuridão me traz;
E tudo se ilumina…
Eu … quero estar aqui!
Não importa o quanto magoe,
O quanto traga as recordações
Que eu tanto procuro esquecer;
Eu quero estar precisamente aqui!
Porque te tenho a meu lado…
(Quero inventar-te a fala…
Ver os teus lábios mexer;
E fingir que é o que me dizes;
E não aquilo que realmente me dizes
Que magoa…)
“Eu não quero estar aqui!”
Desculpa se esta é a minha maneira de to dizer...