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Minha linda,
quando os vejo,
lindos os dois,
me acautelo,
me descabelo,
de tão belos,
seus cotovelos ...
É tão bom vê-los,
singelos,
sem atropelos,
nem duelos,
unindo
seu braço
ao antebraço.
Sublimes articulações,
dois modelos.
Com zelo,
sem desmazelo,
nem paralelo,
permitem
movimentações
nos seus braços.
Num apelo,
vejo que a manga,
da blusa,
que usa,
de linha,
um novelo,
meio amarelo,
num desmazelo,
mal cobre os dois,
esses seus cotovelos.
Tão lindos
e meus desvelos...
Quadro que pincelo
visão que eu velo
sonho em que me atrelo.
Tão lindos assim
que meu desejo atiça,
esse par de cotovelos de minha linda!
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.