Há uma rosa,
há prazeres,
quando não amo,
quando ando,
no corpo lúbrico
de uma mulher nua.
No caminho perdi a alma,
agora habito insensível
o ventre da mulher nua,
e com ela meu corpo
atravessa longo túnel
que finda num mar sem sol.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.